Antes de pensar em lucro, é preciso alcançar o ponto de equilíbrio. É quando o dinheiro que entra já é suficiente para pagar os custos do negócio. Em alguns ramos, leva-se meses, e até anos, para chegar lá!
Você sabe… nenhuma empresa começa do zero dando lucro. Principalmente no ramo gastronômico, que é muito competitivo. É preciso ter um bom capital de giro para suportar os primeiros meses de operação. E quando finalmente o restaurante alcança o ponto de equilíbrio, é hora de comemorar e planejar novos investimentos.
A elaboração do ponto de equilíbrio determina quanto de recursos para bancar os gastos do início da operação. Esse recurso apresenta aos gestores o porquê de quitar todas as despesas primeiro, oferecendo qualidade em produtos ou serviços que vão estar à disposição dos clientes, para, em uma nova etapa, chegar ao tão sonhado resultado financeiro positivo.
Para conhecer mais a fundo os tipos de ponto de equilíbrio, leia este artigo até o fim. Se tiver alguma dúvida, clique aqui e mande uma mensagem.
Ponto de equilíbrio contábil: o que é?
Uma das principais peças na elaboração do ponto de equilíbrio é conhecer profundamente a estrutura contábil. Embora pareça simples, o cálculo é bem abrangente. Isso porque relaciona os custos fixos da empresa com a margem de contribuição, que é o indexador utilizado para conhecer o ganho bruto das vendas. O resultado da conta é a quantidade de dinheiro necessário para cobrir as despesas.
Em uma fórmula para podermos chegar à margem de contribuição, podemos dizer que o ponto de equilíbrio contábil é o valor total das vendas menos a soma dos custos e despesas variáveis.
Ponto de equilíbrio financeiro
Ele é uma extensão do ponto de equilíbrio contábil, com algumas diferenças básicas. Neste modelo, não há inclusão dos custos fixos e de outras despesas. Também não leva em consideração a depreciação dos ativos. Muitas vezes, os balancetes apresentam essa desvalorização como custo.
Ponto de equilíbrio econômico
O cálculo leva em conta um adicional: o custo de oportunidade. É o acréscimo de uma correção monetária que é adicionada aos gastos fixos. É como se o empreendedor não tivesse aplicado dinheiro no negócio e sim realizado outro tipo de investimento. O resultado seria uma lucratividade específica, o que poderia gerar um valor que deve ser considerado.
O ponto de equilíbrio econômico soma esse ganho. A atividade da empresa passa a harmonizar as despesas e as receitas a partir do momento em que os valores gerados sejam capazes de suprir, além dos gastos, a eventual remuneração que seria recebida com o dinheiro investido na empresa.
Como fazer o cálculo?
Cada componente do ponto de equilíbrio tem uma fórmula específica. Algumas são mais simples, outras precisam de pontos importantes de acréscimo.
O primeiro ponto essencial é a identificação dos elementos básicos. Ou seja: os gastos (custos e despesas), e a margem de contribuição (total das vendas menos a soma dos custos e despesas variáveis).
A partir desses itens em mãos, o primeiro ponto de equilíbrio a ser calculado é o contábil. A metodologia é muito tranquila: divida os gastos fixos pela margem de contribuição. Ou, se preferir:
PEC = GF / MC
A segunda etapa é encontrar o ponto de equilíbrio financeiro. Não se esqueça que, aqui, são desprezados a depreciação e as despesas não desembolsáveis. Vai resultar na definição dos gastos fixos, subtraindo gastos não desembolsáveis e a depreciação, divididos pela margem de contribuição. Ou seja:
PEF = GF – GND – D / MC
Agora é a vez de chegarmos ao cálculo do ponto de equilíbrio econômico. Aqui há necessidade de mais atenção dos empreendedores. A metodologia é mais complexa, por causa da projeção do custo de oportunidade. Para o cálculo de forma eficiente, é necessário contar com relatórios ou demonstrativos da eficiência de alguns ativos que poderiam ser adquiridos com o recurso investido na empresa.
A ideia dessa proposta é idealizar quanto o investidor poderia ter lucrado se tivesse aplicado o dinheiro, ao invés de apostar na abertura ou compra da empresa.
A fórmula seria somar os gastos fixos ao custo de oportunidade e dividir pela margem de contribuição. Ou, em resumo:
PEE = GF + CO / MC
Todas essas informações possibilitam ao gestor o controle absoluto sobre o andamento do empreendimento, servindo como um grande roteiro da hora em que o restaurante começa a apresentar os primeiros sinais de lucratividade.
Cuidados na hora de calcular o ponto de equilíbrio
Para chegar à exatidão desses cálculos, as projeções precisam levar em consideração todos os custos. Não apenas aqueles relacionados à fabricação do produto. Isso é um erro.
Há necessidade de acrescentar fatores como o armazenamento, os custos associados à entrega ou distribuição ao consumidor, bem como os itens que cercam a embalagem do produto, como etiquetas, caixas e fitas de vedação.
Outro equívoco comum é deixar de fora desse cálculo o pagamento de taxas de negócios contínuas, associadas a licenças e autorizações, bem como os tributos pagos à Receita Federal. Serviços como contabilidade, assinatura ou licença para utilização de softwares e os salários da equipe de trabalho e o pagamento de terceirizados não podem ficar de fora.
Lembre-se de que encontrar ou determinar seu ponto de equilíbrio irá permitir encontrar os rumos para as próximas ações do negócio.
Uma estratégia eficaz é realizar o cálculo antes de lançar um novo produto. O planejamento bem executado irá mostrar a quantidade de unidades você precisa vender para ter lucro e se a capacidade de produção da empresa é capaz de atender a demanda.
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